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  • Foto do escritor Mariam Abed Ali

Jornada do autocuidado – Processos e aprendizados


Sabe aquele dia em que você está super focada em algum problema seu, bem específico e não consegue enxergar uma solução? Primeiro, todo problema tem solução e isso consta nos livros de matemática. Na matemática da vida é o que LITERALMENTE acontece. As fórmulas para resolução desses problemas nos livros, seriam as ferramentas que aprendemos no decorrer da vida para lidarmos com as situações. Quando você foca muito em resolver aquela raiz quadrada, fica difícil enxergar o resto da equação. As vezes precisamos olhar além dos parênteses, depois do igual e o número fracionado. É enxergar as possibilidades na ordem e na desordem. Sim, precisamos cuidar da organização da casa, mas as vezes é preciso olhar o sol que bate no jardim e depois voltar. Segundo e por diante, quando você ajuda alguém no seu processo, você aprende com ele e de quebra, consegue enxergar as tuas próprias questões com mais clareza.



Houve uma vez, em que estava de certo modo inapta a trabalhar no ritmo que estava acostumada e tão focada em o que eu poderia fazer dentro das minhas atuais condições físicas, que não enxerguei ao meu redor de que outra forma eu poderia atuar. Quando uma cliente, que hoje é uma amiga que ganhei, chegou na minha sala de atendimento e disse “Mari... Estou um caco”. Quando fomos mais afundo, percebemos que ela estava insegura com várias questões, que anteriormente eu já passei e outras questões que eu nem cheguei perto de passar (talvez ainda). Não sou psicóloga, não sou uma profissional da área e todo meu respeito a esses profissionais que já me ajudaram e ainda me ajudam muito nos meus processos (FAÇAM TERAPIA), mas inicialmente, todos somos seres humanos e podemos nos doar de uma maneira muito simples. Quando começamos a conversar, os sentimentos foram transparecendo, o choro chegou e terminamos o atendimento com alguns saldos bem positivos. A cliente saiu um pouco mais leve da minha sala, respirando com menos nós na garganta, o que veio a desatar alguns nós da vida. Diante disso, entre outras conversas que já tive na minha sala de atendimento, percebi que o meio também nos ajuda ir adiante ou descer mais alguns níveis com os dois pés. Ali enxerguei o quanto eu tenho para doar em colo, palavras e o quanto sempre tenho um lencinho para oferecer, uma blusinha para o frio, olhar nos olhos, se conectar é essencial.



Engraçado que em todos os atendimentos, sempre foi além das sobrancelhas feitas, o batom emprestado, o babyliss pra dar um UP na noite de sexta daquela cliente. Inúmeras vezes pausamos os atendimentos para somente focar na conversa e naquela troca maravilhosa. Viramos conexões e não somente profissional/cliente, no meu caso. O além é enxergar as pessoas no seu interior e conseguir se enxergar nelas também. O processo das pessoas ao meu redor me ajudou a enxergar melhor algumas questões minhas, dúvidas sobre a vida e questionamentos que não prestei atenção quando eram meus e na vontade de acolher o outro, aprendi a me acolher. É a troca sem ser dita e sim sentida, naturalmente sentida.


Pra conta fechar na matemática da vida, é a gentileza que gera gentileza, acolhimento que gera acolhimento. E quando não for pra fechar, que seja naquela conta onde o resultado da calculadora se estende em dízimas 57,3888888... O infinito somos nós que fazemos. Sejamos dízimas de “8” e tornemos nossas conexões gentis, infinitas.

Com respeito, sem julgamentos.


Aquele abraço e até quinta;



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